sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Eufemia


Eu deveria se assim
Como o traço do artista
Que esboça fisionomias
Vai marcando no papel
E a cada risco que se risca
Caracteriza todos os rostos
Não existem belezas ou feiúras
Mas vazios cheios de espaços
Harmonizando interessantes faces
Eu deveria ser este traço.

Ou então seria o orvalho
Que depois da negrura noite
Se embola em formas
Cristal que ao leve toque se transforma
Embeleza a mais medonha folha
Onde se forma não há escolha
Que reflete o que esta em sua frente
Mas ao mesmo tempo transparente
Sua essência é a água
Mas ao leve toque não molha
Nem deixa mágoas
Escorrega sem deixar traços
Que está presente num abraço
Poderia ser este orvalho

Como o orvalho e o traço
Deveria ser assim
Eufemisar... por onde passo

Ser presente sem transformar
Sem ter ânsias de mudar
Mas apenas uma forma diferente de olhar.

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